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Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática da Câmara
Federal aprovou, nesta quarta-feira (31), restrições à propaganda de
medicamentos e terapias em veículos de comunicação. A proposta mantém a
liberação apenas para a publicidade de remédios genéricos, em campanhas
patrocinadas pelo Ministério da Saúde ou em locais autorizados a
distribuí-los. Foi aprovado o substitutivo do relator, deputado Josias
Gomes (PT-BA), ao Projeto de Lei 1402/99, do ex-deputado Dr. Evilásio. O
parlamentar baiano afirmou que as proposições em exame tentam
aperfeiçoar, com distintas abordagens, as disposições vigentes. Mas esse
esforço deve ser realizado com a devida cautela. “A propaganda
responsável, informativa, que orienta o consumidor quanto ao uso correto
do medicamento, é fator de redução de riscos sanitários e de
racionalização no uso da fórmula”, destacou. O texto prevê que a peça
publicitária não poderá incluir imagens de celebridades fazendo o uso de
medicamentos ou recomendando sua utilização, nem se referir de forma
abusiva ou enganosa a testemunhos de cura. E permite, nos meios de
comunicação social, a propaganda de medicamentos de venda sem exigência
de prescrição médica, desde que registrados no órgão responsável pela
fiscalização sanitária. O relator disse que a Organização Mundial de
Saúde (OMS) vem alertando para o perigo do mau uso de medicamentos, que é
um problema de saúde pública em todo o mundo. “De acordo com a OMS,
cerca de metade dos medicamentos é usada de forma incorreta”, ressaltou
Josias Gomes. “Até 70% dos gastos em saúde, nos países em
desenvolvimento, correspondem a medicamentos, enquanto que nos países
desenvolvidos, esse índice é menor que 15%”.
( Bahia Noticias)
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