CLIC AQUI PARA ACESSAR

sábado, 13 de julho de 2013

Crueldade: cão é espancado e tem mandíbula amputada. Veja vídeo


Fétido, ensanguentado e uivando de dor. Assim foi encontrado Tigrão que, no último fim de semana, foi espancado e teve a mandíbula dilacerada. Com um olho de ‘pirata’ e um rabo que balança timidamente ao ouvir as vozes daqueles que lhe socorreram, Tigrão – o vira-lata ‘patrimônio’ do bairro de Pernambués – carrega uma história de sofrimento e dor. Recebendo o carinho da comunidade desde a morte do dono, em 2004, Tigrão foi vítima de uma agressão que lhe rendeu a mandíbula amputada e uma situação especial para o resto da vida. Sem os dentes incisivos que lhe permitem a mastigação, o animal foi condenado a comer rações especiais e alimento pastoso. “Uma vizinha me avisou que ele (o cão) não estava bem. Então, quando o vi, o trouxe logo para a clínica”, contou o professor Adelson, especialista em Educação Física, e que alimenta o animal, já conhecido na região. Em conversa com o site Bocão News, o professor contou um pouco da história de Tigrão, que muito se assemelha à realidade dos mais de 60 mil cachorros que vivem nas ruas da capital baiana, de acordo com o Centro de Zoonoses de Salvador. “Este cão é um guerreiro. Após a morte do dono, que teve tuberculose, Tigrão ficou pelas ruas e já até foi atropelado. Mas, em 2004, ele teve um tumor no pênis (clinicamente chamado de TVT -Tumor Venéreo Transmissível). Foram seis semanas de quimioterapia”, relatou. Mas, desta vez, o forte cão fora surpreendido por uma dor quase insuportável. “Não sabemos o que aconteceu. Ele gosta de correr atrás de carros e motos. Não sabemos se foi chute, pancada, porrada. Já o encontramos cheio de sangue. Acho que deram muito chute nele”, afirmou Adelson. Ao chegar na clínica, na segunda-feira (7) à noite, Tigrão foi recebido pelos ‘anjos da guarda’. A veterinária Márcia Albuquerque e Lívia Pereira. Empresária e mãe adotiva de oito cães, Márcia enfrenta há 12 anos – tempo que está na profissão, a batalha para garantir o carinho, cuidados e amor aos animais. “Ele chegou aqui muito fétido e cheio de sangue. Demos logo um banho nele e eu não tinha noção da gravidade do caso”, explicou a veterinária. Segundo a médica, Tigrão não queria ser tocado e só fazia chorar. “Apesar disso, de estar com muita dor, ele é dócil e bonzinho”, pontuou. A veterinária Márcia, que está em Salvador há seis anos após deixar as terras cariocas, relatou que casos como o de Tigrão são comuns e muitos, até piores, já passaram pelas mãos dela. “Tenho cinco animais em casa e mais três aqui. Se eu pudesse ficaria com todos, mas não há como”, ressaltou já apresentando os amigos Lara – uma vira-lata agredida com paralelepípedo, tendo os olhos perfurados e a gatinha da raça Persa, que chegou esta semana após ser encontrada em um contêiner no Loteamento Aquarius. Ela estava com fratura na bacia e cheia de bicho.


Nenhum comentário:

Postar um comentário