Advogado entra com pedido de soltura de pagodeiros acusados de estupro
O advogado que representa os músicos da banda New Hit
pediu nesta quarta-feira (29) o relaxamento da prisão ou
liberdade provisória dos nove músicos presos sob
suspeita de terem estuprado duas meninas de 16 anos e a
do policial militar preso sob suspeita de conivência com
o crime. Segundo relato das adolescentes, o abuso sexual
ocorreu dentro do ônibus da banda de pagode, após show
realizado na madrugada do domingo (26) em Ruy Barbosa. O
pedido foi feito no fórum da cidade de Ruy Barbosa. A
juíza Márcia Costa deve encaminhar o pedido ao
Ministério Público, já que a prisão foi feita em
flagrante. Os músicos continuam preso na mesma cela da
delegacia de Ruy Barbosa. Até esta quinta (30), eles não
receberam visita de nenhum familiar. Os nove integrantes
da banda, incluindo o vocalista, foram presos em
flagrante na madrugada de domingo (26) sob a acusação de
participarem do estupro de duas adolescentes de 16 anos,
depois de um show realizado na cidade. O policial
militar Carlos Frederico de Aragão, que trabalhava como
segurança do grupo e é acusado de conivência com o
crime, continua preso no batalhão de choque da PM, em
Lauro de Freitas. Ele será alvo de um processo
administrativo-disciplinar e pode ser expulso da
corporação. Segundo o delegado, o PM impediu a entrada
de outras pessoas no veículo enquanto nove integrantes
do grupo de pagode realizavam o abuso. Na tarde desta
terça-feira (28), os pais do cantor Dudu, vocalista da
New Hit, estiveram na delegacia de Ruy Barbosa para ver
o filho, assim como os familiares dos outros oito
integrantes do grupo. A mãe de Dudu declarou que não
acredita que o filho tenha estuprado duas adolescentes
que acusam o grupo pelo abuso. "Meu filho é um menino do
bem, não precisa disso, é de boa família, tem índole,
não tem perfil de fazer um tipo de coisa dessa",
declarou Tânia Santana à TV Bahia. A conselheira tutelar
Marilda Boaventura disse que as adolescentes estão sendo
acompanhadas por especialistas. "Está tendo
acompanhamento com psicólogo, inclusive eu conversei com
a mãe de cada uma, orientamos isso", disse. As jovens
estão na casa de familiares em Itaberaba. Em depoimento,
os acusados negaram ter praticado o crime. "Eles
disseram que houve a relação com as jovens, mas foi
consensual" contou o titular da delegacia de Ruy
Barbosa.
(Correio da Bahia)
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