
Um
protesto em frente ao Maracanã na tarde deste domingo, quando o estádio
recebe o jogo entre Itália e México pela Copa das Confederações,
terminou em confronto entre manifestantes e a polícia. Cerca de mil
pessoas foram ao local para reclamar contra os gastos públicos na
realização da competição, assim como tinha acontecido no dia anterior em
Brasília, antes da abertura entre Brasil e Japão."Copa para quem?",
"Quando o povo parar de se conformar, o Brasil vai mudar" e "Desliga a
TV e pensa" são alguns dos cartazes levados pelos manifestantes no
protesto no Maracanã, parte deles em inglês. Muitas pessoas também
levavam a Bandeira Nacional. Mas, apesar do início pacífico, o protesto
acabou se transformando em confronto com a PM, provocando cenas de
violência nas ruas do Rio.Tropas da Polícia Militar do Rio jogaram
bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral para tentar conter o
protesto e evitar que as pessoas se aproximassem do Maracanã. No momento
do ataque, os manifestantes cantavam o Hino Nacional. A PM alegou que
precisava desocupar a via pública, que estava parcialmente interditada
pelos participantes da manifestação.Asmática, uma manifestante caiu ao
chão e teve que ser socorrida por colegas, já que tinha dificuldades de
respirar em meio à fumaça. Não há ainda informações sobre outras
vítimas. Também não se sabe se há presos pelos cerca de 20 policiais da
Tropa de Choque e 16 profissionais da Força de Segurança Nacional,
encarregados de reprimir o protesto.O estudante Daniel Batista, um dos
organizadores da manifestação, considerou arbitrária a ação policial,
pois o protesto transcorria de maneira pacífica. "Desde o princípio
fizemos tudo certo. Entregamos ofício ao 4º Batalhão da PM. O tempo todo
negociamos, mas não houve diálogo. Cercaram os manifestantes. Fomos
encurralados, quando a polícia deveria nos proteger", afirmou.
Bahia Noticias
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